Bons filmes ruins...

Sem dúvida isso já aconteceu com você. Ao ver um filme, conseguir listar depois ou mesmo durante a projeção, os inúmeros defeitos da obra, mas mesmo assim achar que, por algum motivo, aquilo foi um bom filme. Você tenta negar, até conta para os amigos que achou o filme uma droga, mas no fundo você sabe que gostou. Realmente não dá pra explicar.
Vamos para mais um top...não, mentira. Pensei sobre bons filmes ruins e cheguei à conclusão de que seria complicado de mais ordenar as centenas de opções que apareceriam (vale aqui deixar uma menção honrosa a obras como Karatê Kid ou as sequencias de Rocky). Então resolví fazer uma lista, em ordem aleatória, de alguns bons filmes ruins.
Sinais (Signs, 2002)
Repare na imagem novamente, um filme com Joaquin Phoenix e a futura candidata a Miss Sunshine Abigail Breslin com esse chapeuzinho de cones de papel alumínio pode ser bom? Pode.
Mesmo muito longe do roteiro de O Sexto Sentido em termos de qualidade, essa história com a interessante premissa dos círculos nas planteções consegue prender a atenção. Os diálogos são horríveis, especialmente os que tentam parecer "sábios", mas o suspense é bem criado e Mel Gibson tem uma atuação realmente convincente.
A Lagoa Azul (The blue lagoon, 1980)
Clássico, sem dúvidas. Avatar pode dominar as bilheterias mundias, mas no Brasil o filme mais visto da história sem dúvida é esse. O primeiro pornô da vida de muita gente (Aos fãs: é só brincadeira). A história do casal que cresce, se reproduz e...não digo, vai que você ficou os últimos 20 anos fora do planeta e não sabe como o filme termina, né?. As atuações são fraquinhas, mas vale um elogio ao roteiro, o final é bem corajoso.

A Maldição de Quicksilver(Quicksilver Highway, 1997)
Ah, o terror...uma lista feita com mais realismo teria apenas filmes desse gênero, mas eu quis dar espaço aos outros estilos. Agora esse trash pouco conhecido não poderia ficar de fora.
Reunindo duas adaptações de dois mestres do terror na literatura, Stephen King e Clive Barker, A Maldição de Quicksilver é um terror com diversão garantida.
Na primeira história, uma dentadura mecânica assassina aterroriza a vida de um casal, não é preciso contar mais, já dá pra imaginar o nível, mas gostaria de transcrever minha cena favorita:
Dois homens estão em um carro capotado, um sem conseguir se mover por causa do cinto de segurança, o outro livre, pronto para matar o que está preso, até que a dentadura mecânica surge para salvar o dia e ataca o assassino (em cenas super marcantes pela tosquice) enquanto isso o rapaz que está preso grita:
-morde ele! morde ele!
Diversão pura.
Na segunda história, todas as mãos do mundo começam a se rebelar contra a "tirania do corpo", a revolução começa com as mãos de um cirurgião plástico. O destaque fica por conta das cenas com as mãos conversando ainda "presas" ao corpo do cirurgião (aqui eu reconheço, a versão dublada é ainda melhor).

Adrenalina(Crank)
O nível mais alto de maluquice que eu achei que o ser humano chegaria nem se compara a esse filme. A história é o ponto fraco e ao mesmo tempo o ponto forte do filme. É ruim pelo motivos óbvios, só que alguns desses defeitos tambem são qualidades, como Jason Stathan, que prova ser tudo que seu colega de calvica mais famoso Vin Diesel tenta ser há anos e não consegue: um astro de ação de verdade. Ele sabe que o material é pirado, e assim que ele atua, o que no fim mostra ser uma grande vantage, pois se um filme desses se levasse a sério, teríamos uma verdadeira bomba de Hiroshima.

O Máskara(The Mask)
Jim Carrey em início de carreira e tambem no auge de suas tão odiadas caras e bocas. Um vilão caricato a ponto de fazer aqueles vilões dos Power Rangers parecerem verdadeiros Hannibal Lecters. Tudo é levado naquele clima de desenho animado que todo mundo que viu quando criança adorou, mas todo mundo que vê hoje em dia nos Cinema em Casas da vida torce o nariz. Só que mesmo hoje esse filme me diverte muito e eu nunca achei Jim Carrey um ator ruim (exceto por "O Pentelho'' e "Desventuras em Série", esses não tem defesa mesmo. Ah, pra mim "Número 23" nem vale ser mencionado). Sem contar que tem a bela Cameron Diaz tambem em início de carreira.

Diga que não é verdade (Say It Isn't So)
A Comédia é facilmente o segundo maior gênero em bons filmes ruins. Fiz questão de lembrar desse mais do que qualquer coisa porque...ninguem lembra. A história super maluca sobre o casal que descobre que são irmãos e depois descobre que não são é cheia de piadas "do mal", como aquela em que o personagem de Chris Klein "acompanha" uma vaca pela cidade. O destaque visual é Heather Grahan, linda e sempre merecedora de uma conferida, por pior que seja sua atuação. O destaque cômico é o subestimado Richard Jenkins, todas as suas cenas são hilárias.

1 comentários:

Fábio Henrique Carmo disse...

Desses que você citou, gosto de "Sinais" e "A Lagoa Azul". O primeiro é um Shyamalan interessante, apesar de algumas falhas óbvias como as que você citou (mas o Mel Gibson sempre é uma grande presença mesmo).

Já "A Lagoa Azul" se tornou clássico adolescente da Sessão da Tarde. A Shields me fez ter muitos sonhos eróticos quando garoto...