Vocês podem estar começando a se perguntar "mas o que foi que fez esse louco assistir isso?", ou provavelmente não, mas mesmo assim eu explico. Sou fã de comédia estilo pastelão, e não esperava ver uma nova obra-prima do gênero nesse filme, mas ao menos esperava algo honroso visto que trata-se do diretor de Corra que a polícia vem aí, Apertem os cintos...o piloto sumiu e Todo Mundo em Pânico 3 (ah, eu gosto...) e tem Leslie Nielsen centralizando o cartaz.
Mas não, o que eu ví foi um filme fraco, com um foco muito bom porem dono de momentos muito fracos.
Num churrasco de 4 de Julho, o vovô (Leslie Nielsen) conta para as crianças a história de Michael Malone, que numa sátira afiada a Michael Moore, odeia os Estados Unidos e quer abolir esse feriado do calendário. Ele se recusa a celebrar com seu sobrinho Josh, que está embarcando para a guerra no Oriente Médio. Naquela noite Michael tem um estranho encontro com seu ídolo JFK, que prevê que três fantasmas irão visitá-lo. São eles o general Patton, George Washington e o cantor de música country Tracey Adkins. Os três discutem os frutos do patriotismo, e não apenas guerra e pecifismo. Enquanto isso os terroristas árabes querem contratar Malone para que realize um filme de propaganda.
O roteiro tem dois grandes defeitos, o primeiro é óbvio já pela sinopse, usaram mais uma variação maluca da história "um conto de natal" de Charles Dickens. A idéia das aparições foi interessante, mas é manjado demais o modo como isso foi mostrado. O outro grande defeito consiste em usar o método de um personagem narrar toda a história (no caso, o avô para seus netos), faria um grande favor ao filme se essa parte fosse simplesmente abolida, pois fica óbvio logo de cara que tudo foi feito dessa forma apenas para dar algo para Leslie Nielsen fazer, e ele não merecia isso.
Além dessa parte, Leslie participa de uma cena até que divertida, teria sido melhor mantê-lo apenas com essa participação especial, como todos os outros poucos nomes conhecidos do filme (James Woods, John Voight e Dennis Hopper. Esse último o mais engraçado deles).
Quanto às piadas...há boas e ruins. Ao menos devemor reconhecer que não houve muito apelo a piadas físicas óbvias (mas mesmo assim, elas estão lá). O humor usado para mostrar os conflitos políticos dos americanos e, principalmente, para satirizar Michel Moore (a primeira cena do personagem, satirizando o documentário que Moore fez que tinha partes passadas em Cuba, é genuinamente ilária) funciona na maioria das tentativas.
O maior erro do filme é ser tendencioso demais, é muito claramente a favor da guerra, se tivesse evitado se envolver diretamente, deixando isso com o espectador, como fez Guerra S.A, lançado recentemente, teria se saído melhor.
Até vale a recomendação para ser visto. Mesmo que você não goste, vai esquecê-lo logo. Os pontos positivos realmente valem a conferida, só que depois resta o pensamento de que os bons tempos de Corra Que a Polícia vem aí não voltam mais.
Corra que tem loucos por aí
Postado por
Lineker Araújo
on segunda-feira, 5 de abril de 2010
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Crítica
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