Bons filmes ruins...

Sem dúvida isso já aconteceu com você. Ao ver um filme, conseguir listar depois ou mesmo durante a projeção, os inúmeros defeitos da obra, mas mesmo assim achar que, por algum motivo, aquilo foi um bom filme. Você tenta negar, até conta para os amigos que achou o filme uma droga, mas no fundo você sabe que gostou. Realmente não dá pra explicar.
Vamos para mais um top...não, mentira. Pensei sobre bons filmes ruins e cheguei à conclusão de que seria complicado de mais ordenar as centenas de opções que apareceriam (vale aqui deixar uma menção honrosa a obras como Karatê Kid ou as sequencias de Rocky). Então resolví fazer uma lista, em ordem aleatória, de alguns bons filmes ruins.
Sinais (Signs, 2002)
Repare na imagem novamente, um filme com Joaquin Phoenix e a futura candidata a Miss Sunshine Abigail Breslin com esse chapeuzinho de cones de papel alumínio pode ser bom? Pode.
Mesmo muito longe do roteiro de O Sexto Sentido em termos de qualidade, essa história com a interessante premissa dos círculos nas planteções consegue prender a atenção. Os diálogos são horríveis, especialmente os que tentam parecer "sábios", mas o suspense é bem criado e Mel Gibson tem uma atuação realmente convincente.
A Lagoa Azul (The blue lagoon, 1980)
Clássico, sem dúvidas. Avatar pode dominar as bilheterias mundias, mas no Brasil o filme mais visto da história sem dúvida é esse. O primeiro pornô da vida de muita gente (Aos fãs: é só brincadeira). A história do casal que cresce, se reproduz e...não digo, vai que você ficou os últimos 20 anos fora do planeta e não sabe como o filme termina, né?. As atuações são fraquinhas, mas vale um elogio ao roteiro, o final é bem corajoso.

A Maldição de Quicksilver(Quicksilver Highway, 1997)
Ah, o terror...uma lista feita com mais realismo teria apenas filmes desse gênero, mas eu quis dar espaço aos outros estilos. Agora esse trash pouco conhecido não poderia ficar de fora.
Reunindo duas adaptações de dois mestres do terror na literatura, Stephen King e Clive Barker, A Maldição de Quicksilver é um terror com diversão garantida.
Na primeira história, uma dentadura mecânica assassina aterroriza a vida de um casal, não é preciso contar mais, já dá pra imaginar o nível, mas gostaria de transcrever minha cena favorita:
Dois homens estão em um carro capotado, um sem conseguir se mover por causa do cinto de segurança, o outro livre, pronto para matar o que está preso, até que a dentadura mecânica surge para salvar o dia e ataca o assassino (em cenas super marcantes pela tosquice) enquanto isso o rapaz que está preso grita:
-morde ele! morde ele!
Diversão pura.
Na segunda história, todas as mãos do mundo começam a se rebelar contra a "tirania do corpo", a revolução começa com as mãos de um cirurgião plástico. O destaque fica por conta das cenas com as mãos conversando ainda "presas" ao corpo do cirurgião (aqui eu reconheço, a versão dublada é ainda melhor).

Adrenalina(Crank)
O nível mais alto de maluquice que eu achei que o ser humano chegaria nem se compara a esse filme. A história é o ponto fraco e ao mesmo tempo o ponto forte do filme. É ruim pelo motivos óbvios, só que alguns desses defeitos tambem são qualidades, como Jason Stathan, que prova ser tudo que seu colega de calvica mais famoso Vin Diesel tenta ser há anos e não consegue: um astro de ação de verdade. Ele sabe que o material é pirado, e assim que ele atua, o que no fim mostra ser uma grande vantage, pois se um filme desses se levasse a sério, teríamos uma verdadeira bomba de Hiroshima.

O Máskara(The Mask)
Jim Carrey em início de carreira e tambem no auge de suas tão odiadas caras e bocas. Um vilão caricato a ponto de fazer aqueles vilões dos Power Rangers parecerem verdadeiros Hannibal Lecters. Tudo é levado naquele clima de desenho animado que todo mundo que viu quando criança adorou, mas todo mundo que vê hoje em dia nos Cinema em Casas da vida torce o nariz. Só que mesmo hoje esse filme me diverte muito e eu nunca achei Jim Carrey um ator ruim (exceto por "O Pentelho'' e "Desventuras em Série", esses não tem defesa mesmo. Ah, pra mim "Número 23" nem vale ser mencionado). Sem contar que tem a bela Cameron Diaz tambem em início de carreira.

Diga que não é verdade (Say It Isn't So)
A Comédia é facilmente o segundo maior gênero em bons filmes ruins. Fiz questão de lembrar desse mais do que qualquer coisa porque...ninguem lembra. A história super maluca sobre o casal que descobre que são irmãos e depois descobre que não são é cheia de piadas "do mal", como aquela em que o personagem de Chris Klein "acompanha" uma vaca pela cidade. O destaque visual é Heather Grahan, linda e sempre merecedora de uma conferida, por pior que seja sua atuação. O destaque cômico é o subestimado Richard Jenkins, todas as suas cenas são hilárias.

Mais um monte de cartazes

Nos últimos dias (ou semanas, estive ausente por algum tempo) vários cartazes de produções esperadas (ou talvez não) foram lançados.
Eis a opnião do blog sobre alguns deles.

O próximo filme da franquia Pânico teve seu primeiro cartaz divulgado, o retorno do assassino mascarado ainda nem começou a ser filmado e trará de volta Neve Campbel no papel principal e Courtney Cox e David Arquette tambem voltam como os coadjuvantes. O cartaz traz a interessante frase "Nova Década, Novas Regras!" que dá a entender que o filme será (ou pelo menos promete ser) diferente das últimas sequências, que apenas repetiram a história do primeiro. Nota para o cartaz: 7,5
O cartaz "feito-em-casa" da semana é o de Esquadrão Classe A, esperado por alguns, bomba certa para outros. Pessoalmente espero que seja um filme ao menos divertido, embora nunca tenha visto a série em que o filme se baseia, o elenco conta com os competentes Bradley Cooper e Liam Neeson. Já o cartaz é simples demais. Eu não tenho grandes habilidades com montagens de fotos mas conseguiria fazer um cartaz desses tranquilamente. Só as fotos, o nome do filme no meio e os nomes de cada personagem. De certa forma cumpre o que deve, mas falta alguma coisa. Nota para o cartaz: 4.

Principe da Pérsia -As areias do tempo (esse vem com subtítulo de fábrica) chega com a promessa de ser o novo Piratas do Caribe (certamente o subtítulo do original é para garantir sequencias com subtítulos diferentes, caso o filme dê certo).
Tambem foram lançados um cartaz com Jake Gyllenhaal (o herói) e um com Ben Kingsley (creio eu que será o vilão). Mas esse é o melhor, só que mesmo assim tambem falta um pouco de originalidade. A concepção toda é muito bonita. Nota para o cartaz: 6.

O Gladiador agora rouba dos ricos para dar para os pobres. O cartaz internacional de Robin Hood tambem é bonito, mas é mais um pouquíssimo original. Dá a impressão de que será uma pizza meio-gladiador, meio-senhor dos anéis (não disse que será, apenas que é o que o cartaz faz parecer). Mas de todos os analizados esse é o mais esperado pelo blog. Eu sei que Cate Blanchett não vai me desapontar. Nota para o cartaz: 5,5.


O Aprendiz de Feiticeiro, próximo erro do ator que mais precisa trocar de agente em Hollywood atualmente: Nicolas Cage. Não me levem a mal, mas depois das coisas que ele fez nos últimos anos, eu suspeito de tudo até que provem o contrário, mas mesmo assim assistirei. O cartaz parece a capa de um desses milhares de livros de fantasia infantis que tentam parecer adultos por aí, mas é interessante. Corresponde à proposta do filme e lança a pergunta: por que Nicolas Cage não quer assumir que tem entradas? Des de os mullets dele em A Lenda do Tesouro Perdido que eu imagino isso. Nota para o cartaz: 7.

Ordens para descansar!

Estive doente nos últimos 3 dias, aproveitei as ordens para repousar e ví (e principalmente reví) alguns filmes. Eis rápidas impressões sobre eles.

Intrigas de Estado (State of Play).
Conspirações rendem bastante, nesse filme, baseado em uma minissérie de TV, o mundo da política e o do jornalismo se encontram numa história muito inteligente. Russel Crowe está muito bem no tipo de papel que tem sido seu favorito ultimamente: o que ele pode ficar gordo. O restante do elenco tambem está incrível, nem Ben Afleck consegue atrapalhar.

Nota:



Duelo de titãs (Remember The Titans)
Clichê? sim, fácil. Qualquer filme sobre esporte dos últimos 10 anos dificilmente consegue fugir desse problema. Mas se duelo de titãs é clichê (o que não quer dizer ruim) nesse sentido, ele é muito forte ao tratar do tema racismo, usando do que muitos filmes tem medo: sinceridade. É daqueles filmes feitos para fazerem sucesso.

Nota:

Star Wars - Episódio 6, O Retorno de Jedi
O único de todos que era inédito para mim, e tambem o único da saga que faltava ver. Agora é fácil afirmar que é o mais fraco da trilogia original, mas mesmo assim é infinitamente superior à trilogia "moderna". O lado sombrio e sério de O Império Contra-Ataca deu lugar a um humor mais relaxado, até que competente, mas um tanto deslocado. A história perdeu um pouco de originalidade tambem.
Nota:

Quem vai ficar com Mary?(There's Something About Mary)
Um filme assumidamente idiota, mas por isso mesmo muito engraçado. Ben Stiller em seu melhor momento, Cameron Diaz belíssima e Matt Dillon roubando a cena. Momentos como o do "gel" ou o do zíper já são históricos. Se todos os filmes ditos "idiotas" de hoje em dia fossem assim...
Nota:

Novos Cartazes

Twelve, drama adaptado do livro escrito por Nick McDonell e dirigido por Joel Schumacher teve pôster divulgado,O filme segue um estudante (Chace Crawford) que se torna traficante de drogas, e a vida do rapaz muda quando seu primo é brutalmente assassinado e seu melhor amigo é preso pelo crime.

Expectativa para Twelve: Zero, Joel Schumacher vai precisar entregar algo muito bom para que eu mude de opnião em relação a ele. O Poster não é nada original, mas é bacana. A estréia nos EUA está prevista para 2 de julho.



Tambem foi divulgado o pôster da comédia romântica Cartas para Julieta (Letters to Juliet) dirigida por Gary Winik (Noivas em Guerra), baseada no livro de mesmo título de Lise e Ceil Friedman.

A estréia nos EUA é prevista para 14 de maio, no Brasil para 11 de junho.
Não gostei desse pôster, lembra muito outros cartazes de filmes do gênero. Mas planejo ver o filme por causa do seu elenco, que conta com Amanda Seyfried, Gael García Bernal, Vanessa Redgrave, Franco Nero, Christopher Egan e Ashley Lilley.

Dúvida Cruel do Dia

Pode ser só coisa de fã, mas mesmo assim, por que Woody Allen não volta a trabalhar com Diane Keaton? Ela anda precisando...

Duelo: Avatar VS. Titanic

Os dois maiores sucessos de todos os tempos, odiados por muitos e amados por muitos. Ambos do mestre Jedi James Cameron, mas...quel é melhor afinal? De acordo com alguns quesitos, vamos para mais um duelo:

Primeira Categoria:

Dificil essa. Ambas guardam comparações com os filmes, muitos detestam e muitos gostam, quanto mais ouvidas mais consideradas bregas, para alguns são melosas demais...entre muitos outros adjetivos.
I See You, muito bem interpretada pela Leona Lewis, dá um clima melancólico aos créditos finais de Avatar, possui uma letra um tanto quanto básica: é boa, mas parece que está lá só pra ver se o filme conseguia concorrer ao oscar nessa categoria.
My Heart Will Go On (letra de Will Jennings, faltou citar isso) já tocou tanto em rádios, programas de tv e telemensagens de namoro que hoje é difícil encontrar alguem que realmente goste, ou pelo menos que admita que gosta. É romântica e melosa como I See You, mas ao contrário desta, combina com a história do filme e tambem com a voz normalmente chata de Celine Dion.
Então, a vencedora é...

My Heart Will Go On!
Próxima Categoria...

Dá agua para o vinho, passamos direto para a maior qualidade de ambos os filmes. Lançado há 12 anos, Titanic tem efeitos invejáveis mesmo para hoje em dia. Mas é difícil fazer uma escolha diferente, 500 milhões de orçamento garantem qualquer vitória nessa categoria, Avatar foi revolucionário nesse sentido (vale ressaltar que, visto em 2D, o filme não é tão incrível assim em termos de efeitos).
Então, o vencedor é...

Avatar!

Próxima Categoria...

Eu sei, ele não ganhou prêmios nessa categoria, eu só não quis pesquisar mais imagens. Titanic conta a velha história de amor proibido, Avatar conta um decalque de Dança com Lobos.
O roteiro de Avatar cria todo um mundo para contar a história, e é esse seu principal mérito, por que a história que é contada nesse mundo criado para o filme é muito fraca. Titanic cria uma ambientação muito boa e nos faz torcer por personagens clichês.
Então, sem que nenhum dos dois tenha muitos méritos nesse sentido, foi mal gente mas o vencedor é...

Titanic!

Próxima Categoria...

Titanic tem Kate Winslet, Leonardo DiCaprio, Kathy Bates e a única atuação boa do Billy Zane. Avatar tem a novo astro Sam Worthington, Sigourney Wheaver e Zoa Saldana. Talvez pelo fato de os personagens serem mais importantes para a história em Titanic, a direção de atores alí parece mais aplicada. E, repetindo, o épico dos mares tem Kate Winslet. Ponto final.
Então, o vencedor é...

Titanic

Próxima Categoria...

10 anos de trabalho tinham que significar algo, ninguem mais poderia fazer Avatar além de James Cameron, ele sabe o que o público quer ver. Ação, efeitos e uma histórinha legal e fácil de entender por trás disso. Essas são características comuns aos dois filmes, e julgando o trabalho dele nos dois filmes, é difícil escolher. Em Titanic não havia tanta (eu disse não tanta) certeza de que o sucesso viria, ao contrário de Avatar, e se mesmo sabendo que ele encheria os cores da FOX é o próprio bolso mesmo que o filme não fosse grande coisa ele conseguiu fazer um entretenimento de primeiríssima qualidade, James Cameron merece nosso aplauso.
Então, o vencedor é...

Beiçola!

E finalmente...

Ambos receberam de muitos o título de obra-prima quando lançados e lentamente passaram a ser mais e mais criticados (sabem como é, aquele velho hábito de não gostar de nada que é popular, assim é mais "cult"). Mas na minha opnião, ambos são muito bons. Avatar e Titanic entrariam facilmente no meu top 10 de melhor história de amor de melhor ficção científica, respectivamente (eu não tenho esses tops, talvez um dia eu faça).
O que mais vai contra Avatar é sem dúvida a falta de uma história melhor, defeito que Titanic tambem tem, mas no caso desse último não parece ser tão grande. A força do seu elenco é muito maior, fazendo o filme ficar mais agradável.

Então, para não encompridar mais o post, o vencedor é...



Corra que tem loucos por aí

Nota:

Vocês podem estar começando a se perguntar "mas o que foi que fez esse louco assistir isso?", ou provavelmente não, mas mesmo assim eu explico. Sou fã de comédia estilo pastelão, e não esperava ver uma nova obra-prima do gênero nesse filme, mas ao menos esperava algo honroso visto que trata-se do diretor de Corra que a polícia vem aí, Apertem os cintos...o piloto sumiu e Todo Mundo em Pânico 3 (ah, eu gosto...) e tem Leslie Nielsen centralizando o cartaz.
Mas não, o que eu ví foi um filme fraco, com um foco muito bom porem dono de momentos muito fracos.
Num churrasco de 4 de Julho, o vovô (Leslie Nielsen) conta para as crianças a história de Michael Malone, que numa sátira afiada a Michael Moore, odeia os Estados Unidos e quer abolir esse feriado do calendário. Ele se recusa a celebrar com seu sobrinho Josh, que está embarcando para a guerra no Oriente Médio. Naquela noite Michael tem um estranho encontro com seu ídolo JFK, que prevê que três fantasmas irão visitá-lo. São eles o general Patton, George Washington e o cantor de música country Tracey Adkins. Os três discutem os frutos do patriotismo, e não apenas guerra e pecifismo. Enquanto isso os terroristas árabes querem contratar Malone para que realize um filme de propaganda.
O roteiro tem dois grandes defeitos, o primeiro é óbvio já pela sinopse, usaram mais uma variação maluca da história "um conto de natal" de Charles Dickens. A idéia das aparições foi interessante, mas é manjado demais o modo como isso foi mostrado. O outro grande defeito consiste em usar o método de um personagem narrar toda a história (no caso, o avô para seus netos), faria um grande favor ao filme se essa parte fosse simplesmente abolida, pois fica óbvio logo de cara que tudo foi feito dessa forma apenas para dar algo para Leslie Nielsen fazer, e ele não merecia isso.
Além dessa parte, Leslie participa de uma cena até que divertida, teria sido melhor mantê-lo apenas com essa participação especial, como todos os outros poucos nomes conhecidos do filme (James Woods, John Voight e Dennis Hopper. Esse último o mais engraçado deles).
Quanto às piadas...há boas e ruins. Ao menos devemor reconhecer que não houve muito apelo a piadas físicas óbvias (mas mesmo assim, elas estão lá). O humor usado para mostrar os conflitos políticos dos americanos e, principalmente, para satirizar Michel Moore (a primeira cena do personagem, satirizando o documentário que Moore fez que tinha partes passadas em Cuba, é genuinamente ilária) funciona na maioria das tentativas.
O maior erro do filme é ser tendencioso demais, é muito claramente a favor da guerra, se tivesse evitado se envolver diretamente, deixando isso com o espectador, como fez Guerra S.A, lançado recentemente, teria se saído melhor.
Até vale a recomendação para ser visto. Mesmo que você não goste, vai esquecê-lo logo. Os pontos positivos realmente valem a conferida, só que depois resta o pensamento de que os bons tempos de Corra Que a Polícia vem aí não voltam mais.

Os 6 piores erros dos adaptadores de títulos nacionais

Pois é...eis um tema conhecido e do qual muitos já falaram, mas é sempre bom lembrar.
São muitos erros, apontei aqui os mais chatos.
6#Subtítulos

Esse não é tão grave quanto os próximos, mas irrita por ser muito desnecessário. Às vezes parece que eles acham que o título comum é muito sofisticado, ou algo assim, e resolvem dar um complemento inútil pra deixar mais "facinho". Fazendo com que todos os filmes pareçam sagas. Por exemplo, agora sempre que eu ouço o título “The Wonders – O Sonho não acabou” eu imagino se algum dia não virá a sequência com um subtítulo tipo “O Sonho continua” mesmo sabendo que isso seria algo nada a ver com o filme.
Eis mais alguns exemplos:

Traduzir Precious já foi um errinho (compreensível, desta vez) já que no original, trata-se de um nome próprio, ainda resolveram colocar esse subtítulo que só serve para ocupar espaço no cartaz.

Forrest conta a história de sua vida ao longo de boa parte do filme, porem uma vez! e de repente vira "contador de histórias". Até Forrest Gump - O Corredor faria mais sentido.



5#Nomear os filmes sem saber do que eles falam

Esse problema me fez ter certeza de que eles nomeiam os filmes sem tê-los assistido. Peguei um exemplo clássico, alguém deve ter ouvido alguém falar “ah, esse é o filme do cara que fica sem memória” e pronto. Optou por essa idéia genial:
Não seria um título ruim se tivesse algo a ver com o filme, mas por diversas vezes o protagonista afirma que o problema dele não é amnésia. Se quem escolheu esse nome ao menos viu o filme, mas palavras do professor Girafales, ele foi merecedor das orelhas de burro...

4#Incorporar o “narrador da sessão da tarde”

Confusões, loucuras, alguma coisa muito louca, arrebentando em tal lugar. Esse, de todos os defeitos, talvez seja o que mais me fez evitar filmes, ao menos até eu chegar à idade da razão e perceber que a culpa por esses títulos escrotos não é dos filmes.

Boa comédia com um elenco afiadíssimo, mas que relutei muito em ver achando que seria ruim...como muitos fazem, me deixei levar pelo título.

3#Tentar fazer gracinha


Não basta o filme ser comédia (nem sempre, aliás), o título tem que tentar ser Zé graça pra dar uma forcinha, ao menos é assim na cabeça de quem escolheu títulos tão bizarros quanto esses:

Esse foi com certeza o pior título de 2009, incrível imaginar que na cabeça de alguem, isso era engraçado a ponto de não optarem pelo original e infinitamente mais simples "A Ressaca"(The Hangover).
De fato o original "Shaun of the dead" seria difícil de traduzir ao pé da letra, mas mesmo assim é difícil imaginar que não tenham conseguido pensar em nada melhor do que isso. Dá a entender que o filme é apenas mais um comédia boba, o que não é verdade.
2#Esquecer que tratam-se de filmes, e não de novelas

Vem aí...a próxima novela das 8, alguns títulos me fazem lembrar dessa frase. Por carregarem demais no drama ou, principalmente, na breguisse. Por que fazer “shane” virar “os brutos também amam” foi uma brilhante idéia, sem dúvida...
Mais alguns casos imperdoáveis:

"Um homem sozinho" seria uma versão decente do original A Single Man, mas estamos no país das novelas, pessoal. Esse título de novela das 6 combinou muito mais de acordo com nossos geniais adaptadores.
Só pra dar um exemplo de que esse tipo de cagada não é cometida há pouco tempo.

1#Não perceber que títulos de efeito são bregas

“Esperança” “liberdade” e “milagre” são palavras bonitas, mas se o filme fala sobre uma dessas coisas, vamos deixá-las para o filme, não para o título. Isso pode desvirtuar o sentido da coisa. Vejamos um bom exemplo:


Alem de tudo esse título da uma estragada na história, o "sonho de liberdade" mal é citado no decorrer do filme.

Duelo: Um sonho possível vs. Preciosa

E vamos para mais um duelo, dessa vez não com dois filmes parecidos e sim com um filme que é considerado uma versão light do outro. Um Sonho Possível (a dita versão light) e Preciosa - Uma História de Esperança.
Nas palavras da bruxinha testando as vassouras no desenho Picapau "e lá vamos nós..."


Aqui é onde Um Sonho Possível mais sofre, a falta de um time forte de coadjuvantes prejudica muito o filme. O que temos, de fato, é um time de personagens que imploram por atores melhores nos papéis, o de Michael Oher, principalmente. Temos a sempre carismática Kathy Bates...e só.

Já Preciosa...ainda que não tivesse o impecável trabalho de Mo'nique (o apóstrofo mais curioso que já ), o filme conta com atuações de primeira de Paula Patton (que tambem merecia uma vaguinha nas premiações) e (isso mesmo) Lenny Kravitz. Só não gostei mesmo da atuação de Mariah Carey, que, embagulhada ou não, continua muito fraca.
Então, facilmente, o vencedor é...

Preciosa!
Próxima Categoria...
Um sonho possível foi o filme mais quase ótimo que eu nesses últimos tempos, possui algumas coisas boas e muitas medianas, mas onde mais se aproxima de ser realmente ruim é em roteiro. Baseado numa história real que poderia render muito, o roteiro foca nas partes erradas. O personagem Michael Oher, que merecia mais destaque, vira apenas uma escada para a família Touhy, composta por personagens que (à exceção de Leigh Anne, interpretada pela Sandra Bullock) são mal desenvolvidos.
Eu não sou um grande fã do roteiro de Preciosa, acho que sua vitória no oscar em cima de Distrito 9 e Amor sem Escalas foi muito injusta, mas o filme tem de fato um roteiro competente, a história é forte e os personagens todos dizem a que vieram.
Então, o vencedor é...

Geoffrey Fletcher (Preciosa)!

Próxima Categoria...

Falem o que quiserem sobre Sandra Bullock, só não digam que nunca se divertiram com um filme dela. Em Um Sonho Possível ela passa por cima de todos os defeitos do filme (sobretudo o roteiro, que faz sua personagem ser muito antipática às vezes) e, mais linda do que nunca, entrega sim uma boa atuação. Mereceu o oscar? quem sabe...vai do gosto de cada um.

Já a iniciante Gabourey Sidibe me pareceu ser o ponto mais superestimado de Preciosa, ela está bem, de fato, mas não tanto quanto dizem. Se beneficia de estar em uma grande personagem.
Então, a vencedora é...

Sandra Bullock!
Próxima Categoria...

John Lee Hancock é o principal culpado por Um Sonho Possível não ter conseguido tudo que poderia, ele se apega tanto a meneirismos do gênero que não parece pensar, por um mínimo instante, que tem uma história que precisa de um toque mais pessoal. Sendo tambem roteirista do filme, ele nem tem a quem culpar. Entregou poucos momentos realmente inspirados.
Lee Daniels (produtor do superior O Lenhador) dirigiu Preciosa andando sempre na linha tênue entre filme carregado e filme exagerado, mas sem chegar a ultrapassá-la, seu trabalho não é perfeito, mas é competente e boa parte da qualidade do filme se deve a ele.
Então, o vencedor é...
Lee Daniels!
E finalmente....




Um Sonho Possível está longe de ser um filme ruim, mas deixa uma sensação de que poderia ter sido muito melhor. A história é daquelas que conseguem fazer você se sentir bem no fim (ser baseado em fatos reais ajuda). Mas não deixa esquecer que faltou algo.
Preciosa, pelo contrário, é daquelas histórias tristes a ponto de fazer você se sentir realmente mal enquanto acompanha, saber que tudo aquilo é uma realidade que, para conhecemos, basta olharmos para os nossos lados, entristece. Ponto para o filme, pois a missão de uma obra assim deve ser exatamente essa.
Então, o vencedor é...